O termo “guarda-chuva” é utilizado para ilustrar os diferentes diagnósticos que englobam a DTM, divididos em: DTM muscular e DTM articular, desdobrando-se em subdivisões. Dentro do grupo das DTMs musculares existem: mialgia (mialgia local, dor miofascial com espelhamento ou referência), tendinite, miosite, espasmos, contratura, hipertrofia, neoplasia, desordem de movimento e mialgia mediada centralmente. Já nas DTMs articulares, encontram-se a artralgia, a artrite, o deslocamento do disco com e sem redução, a hipo e hipermobilidade da ATM, a osteoartrite, a fratura e a desordem de desenvolvimento congênito.
- Dor ou desconforto durante a fala;
- Dor ou desconforto ao mastigar alimentos (mais consistentes ou duros principalmente);
- Dificuldade para abrir a boca (bocejar, comer, beijar, por exemplo);
- Limitação de abertura bucal;
- Barulhos ou ruídos ao abrir ou fechar a boca (acompanhado ou não de dor);
- Zumbido no ouvido;
- Dor em frente à orelha;
- Travamento mandibular (trava com a boca aberta ou com a boca fechada);
- Dor de cabeça na região temporal.
Não existe uma única causa isoladamente para a DTM. Os pesquisadores costumam dizer que a causa é multifatorial. Isso porque envolvem fatores fisiológicos como anatomia; fatores sistêmicos como doenças reumatológicas, fatores genéticos, traumas, fatores psicossociais (ansiedade, depressão, medo, estresse pós-traumático, entre outros), bruxismo, etc. Todos estes fatores isoladamente ou em conjunto podem ser predisponentes, iniciantes ou perpetuadores de uma DTM.
O tratamento para a DTM é individualizado, único como as digitais dos dedos! Cada tipo de DTM precisa ser avaliado em suas peculiaridades para traçar uma abordagem especializada para cada paciente. A dor é uma experiência individual, por isso o seu tratamento é planejado especialmente para você.
Comumente, pacientes com a DTM dolorosa buscam soluções imediatas para o tratamento da dor ou até mesmo aquele "guru" que faça um milagre. Mas o primeiro passo É EDUCAR E ORIENTAR o paciente!! Esse passo é extremamente importante porque o paciente precisa:
- Entender o que ele tem;
- Saber o que contribui para o surgimento e manutenção da dor;
- Aderir ao tratamento;
- Mudar hábitos;
- Praticar o autocuidado;
- Compreender que a melhora sempre acontece;
- Entender o seu papel no tratamento.
No tratamento para a DTM é necessário ter uma conduta adequada, completa e direcionada para os seus gatilhos de dor. O que serve para o seu vizinho pode não servir para você, mesmo que o diagnóstico seja o mesmo. Então, não se assuste se eu questionar sobre seu sono, alimentação, prática de exercício físico, aspectos psicológicos, vida social e hábitos.
As terapias são distintas e por isso o primeiro passo fundamental é conhecer qual o tipo de DTM que o paciente apresenta. É importante que o paciente esteja ciente que boa parte do tratamento para a DTM é atribuído a ele. Entre as modalidades terapêuticas estão:
- Orientações;
- Terapia cognitivo-comportamental;
- Exercícios mandibulares;
- Higiene do sono;
- Dispositivos interoclusais tais como placa estabilizadora, reposicionadora, etc.;
- Medicamentos;
- Compressa quente ou fria;
- Laserterapia;
- Eletroterapia;
- Infiltrações em ATM;
- Agulhamento seco ou infiltrações em músculos.