A síndrome da ardência bucal é caracterizada por uma sensação de queimação junto à mucosa bucal simétrica e/ou envolvendo a língua nos seus dois terços anteriores, acompanhada de disgeusia (sensação desagradável) e xerostomia (sensação de boca seca), sem causa identificável, que acomete mais mulheres após o período de menopausa. A sua manifestação é mínima ao despertar e se exacerba ao longo do dia, piorando à noite. Pode ser classificada em primária ou secundária. Quando secundária pode estar associada a uma doença local ou sistêmica.

Deve-se realizar o diagnóstico diferencial com doenças sistêmicas, como por exemplo, diabetes mellitus, anemia, fibromialgia e neoplasias. Há evidências de diversas alterações sensitivas periféricas e centrais. Pode também envolver a porção anterior do palato e o lábio inferior.

Há uma possível associação com ansiedade, depressão e transtornos de personalidade, porém não é claro se os fatores psicológicos precedem a mesma, ou vice-versa. O tratamento envolve desde abordagens comportamentais cognitivas e/ou psicoterapia de grupo até o emprego de fármacos tópicos ou sistêmicos.