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DTM

Diagnóstico

O diagnóstico da DTM é baseado na avaliação clínica, considerando os sintomas do paciente e um exame físico detalhado. Não existe um único exame que confirme a DTM, por isso a análise deve ser completa.

Principais Etapas do Diagnóstico:

  • Conversa com o paciente: Identificação da dor, dificuldades na mandíbula, hábitos como bruxismo, qualidade do sono e fatores emocionais;
  • Exame físico: Avaliação da mobilidade da mandíbula, presença de dor e possíveis ruídos na articulação;
  • Questionários específicos: Auxiliam na classificação do tipo de DTM (muscular, articular ou combinada);
  • Exames de imagem (se necessário): Ressonância magnética ou tomografia podem ser solicitadas para análise detalhada;
  • Cada caso é único e exige um tratamento personalizado. Identificar corretamente a DTM permite um plano de cuidados eficaz, ajudando o paciente a voltar a viver sem dor.
Fonte: Schiffman E, Ohrbach R, Truelove E, Look J, Anderson G, Goulet JP, List T, Svensson P, Gonzalez Y, Lobbezoo F, Michelotti A, Brooks SL, Ceusters W, Drangsholt M, Ettlin D, Gaul C, Goldberg LJ, Haythornthwaite JA, Hollender L, Jensen R, John MT, De Laat A, de Leeuw R, Maixner W, van der Meulen M, Murray GM, Nixdorf DR, Palla S, Petersson A, Pionchon P, Smith B, Visscher CM, Zakrzewska J, Dworkin SF; International RDC/TMD Consortium Network, International association for Dental Research; Orofacial Pain Special Interest Group, International Association for the Study of Pain. Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD) for Clinical and Research Applications: recommendations of the International RDC/TMD Consortium Network and Orofacial Pain Special Interest Group. J Oral Facial Pain Headache. 2014 Winter;28(1):6-27.

Sinais e sintomas de DTM

  • Dor ou desconforto na face;
  • Dor ou desconforto ao movimentar a boca (ao mastigar, especialmente alimentos consistentes, falar, bocejar, comer ou beijar);
  • Dificuldade para abrir ou fechar a boca;
  • Barulhos ou ruídos ao abrir ou fechar a boca (com ou sem dor);
  • Zumbido no ouvido;
  • Dor na região à frente da orelha;
  • Dor de cabeça na região das têmporas.

Fonte: De Leeuw R. Dor Orofacial: guidelines for assessment, diagnosis and management. 5th ed. Batavia, IL: Quintessence; 2013.

O que causa a DTM?

A DTM não tem uma única causa. Ela pode acontecer por diferentes motivos que, muitas vezes, estão relacionados entre si. Por isso, os especialistas dizem que a DTM tem uma origem multifatorial.
Alguns dos principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da DTM são:

Traumas na mandíbula ou na face: Batidas, quedas ou acidentes podem afetar a articulação da mandíbula e os músculos ao redor.
Hábitos que sobrecarregam a mandíbula: Roer unhas, apoiar o queixo na mão, mascar chiclete com frequência e até segurar objetos entre os dentes podem causar tensão excessiva na articulação.
Bruxismo (do sono ou do dia): Muitas pessoas apertam, rangem ou encostam os dentes sem perceber, seja durante o dia ou à noite. Além disso, algumas mantêm a musculatura da mandíbula contraída ou seguram a boca em uma posição fixa por muito tempo. Tudo isso pode causar fadiga muscular e piorar os sintomas da DTM.
Dores em outras partes do corpo: Condições como endometriose, síndrome do intestino irritável e cistite intersticial podem estar ligadas à DTM, pois envolvem mecanismos de dor crônica semelhantes.
Dores de cabeça e dores no pescoço: Muitas pessoas com DTM também sentem dor de cabeça frequente e tensão no pescoço e nos ombros, o que pode agravar o problema.
Doenças reumatológicas: Algumas doenças, como lúpus, artrite reumatoide, artrite psoriática e fibromialgia, podem afetar as articulações e os músculos, incluindo a mandíbula.
Qualidade do sono: Dormir mal pode aumentar a dor e a tensão muscular, tornando mais difícil a recuperação da articulação e dos músculos.
Fatores emocionais: Estresse, ansiedade, depressão e estresse pós-traumático podem deixar a musculatura da mandíbula mais tensa, aumentando os sintomas da DTM.
Fatores Genéticos: Alterações em genes relacionados à sensibilidade à dor, resposta inflamatória e função muscular podem tornar algumas pessoas mais suscetíveis à DTM
Esses fatores podem predispor uma pessoa à DTM, iniciar o problema ou fazer com que os sintomas durem mais tempo. Por isso, o tratamento deve ser personalizado, considerando todas as possíveis causas para que o paciente possa realmente voltar a viver sem dor.

Tratamento para a DTM

O tratamento da DTM é individualizado, único como as digitais dos dedos! Cada tipo de DTM tem suas particularidades e precisa ser avaliado com cuidado para que a abordagem seja realmente eficaz para cada paciente.

A dor é uma experiência individual, e por isso o tratamento deve ser planejado especialmente para você.

Muitas vezes, pacientes com DTM dolorosa buscam soluções rápidas ou até mesmo um “guru” que prometa um milagre. Mas o primeiro passo fundamental no tratamento é EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÃO!

Esse passo é essencial porque o paciente precisa:



  • Entender o que ele tem;
  • Saber o que contribui para o surgimento e manutenção da dor;
  • Aderir ao tratamento;
  • Mudar hábitos;
  • Praticar o autocuidado;
  • Compreender que a melhora sempre acontece;
  • Entender o seu papel no tratamento.


Para tratar a DTM de forma eficaz, é necessário um plano completo, adequado e direcionado para os gatilhos da sua dor. O que funciona para outra pessoa pode não ser o ideal para você, mesmo que o diagnóstico seja o mesmo.

Por isso, não se surpreenda se, durante a consulta, eu perguntar sobre seu sono, alimentação, prática de exercícios físicos, aspectos emocionais, vida social e hábitos diários. Tudo isso influencia no seu quadro e faz parte do caminho para você voltar a viver sem dor!

Principais terapias para a DTM

As terapias para a DTM são diversas, e o primeiro passo fundamental é identificar qual o tipo de DTM que o paciente apresenta. Cada caso exige uma abordagem específica para que o tratamento seja eficaz.
Além disso, o paciente precisa participar ativamente do seu tratamento. O sucesso da terapia não depende apenas dos recursos utilizados, mas também do seu comprometimento com as orientações recebidas. Mudar hábitos, seguir as recomendações e praticar o autocuidado são atitudes fundamentais para alcançar bons resultados e voltar a viver sem dor.
Entre as principais abordagens terapêuticas para a DTM, estão:



  • Orientações e educação sobre a condição;
  • Terapia cognitivo-comportamental;
  • Exercícios mandibulares;
  • Higiene do sono;
  • Dispositivos interoclusais (como placas estabilizadoras);
  • Uso de medicamentos, quando necessário;
  • Compressas quentes ou frias;
  • Laserterapia;
  • Eletroterapia;
  • Infiltrações em ATM;
  • Agulhamento seco ou infiltrações em músculos.


Devido ao caráter multifatorial da DTM, pode ser necessário o encaminhamento do paciente para outros profissionais de saúde, como neurologista, reumatologista, psiquiatra, psicólogo, otorrinolaringologista, entre outros. Isso garante que todas as possíveis causas da dor e da disfunção sejam avaliadas e tratadas de forma integrada.
Cada paciente tem necessidades específicas, e a escolha do tratamento adequado deve ser feita de forma individualizada, considerando os fatores que contribuem para a dor e o impacto na qualidade de vida. Com um acompanhamento adequado e uma abordagem multidisciplinar, é possível alcançar resultados positivos e voltar a viver sem dor!