A DTM não tem uma única causa. Ela pode acontecer por diferentes motivos que, muitas vezes, estão relacionados entre si. Por isso, os especialistas dizem que a DTM tem uma origem multifatorial.
Alguns dos principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da DTM são:
Traumas na mandíbula ou na face: Batidas, quedas ou acidentes podem afetar a articulação da mandíbula e os músculos ao redor.
Hábitos que sobrecarregam a mandíbula: Roer unhas, apoiar o queixo na mão, mascar chiclete com frequência e até segurar objetos entre os dentes podem causar tensão excessiva na articulação.
Bruxismo (do sono ou do dia): Muitas pessoas apertam, rangem ou encostam os dentes sem perceber, seja durante o dia ou à noite. Além disso, algumas mantêm a musculatura da mandíbula contraída ou seguram a boca em uma posição fixa por muito tempo. Tudo isso pode causar fadiga muscular e piorar os sintomas da DTM.
Dores em outras partes do corpo: Condições como endometriose, síndrome do intestino irritável e cistite intersticial podem estar ligadas à DTM, pois envolvem mecanismos de dor crônica semelhantes.
Dores de cabeça e dores no pescoço: Muitas pessoas com DTM também sentem dor de cabeça frequente e tensão no pescoço e nos ombros, o que pode agravar o problema.
Doenças reumatológicas: Algumas doenças, como lúpus, artrite reumatoide, artrite psoriática e fibromialgia, podem afetar as articulações e os músculos, incluindo a mandíbula.
Qualidade do sono: Dormir mal pode aumentar a dor e a tensão muscular, tornando mais difícil a recuperação da articulação e dos músculos.
Fatores emocionais: Estresse, ansiedade, depressão e estresse pós-traumático podem deixar a musculatura da mandíbula mais tensa, aumentando os sintomas da DTM.
Fatores Genéticos: Alterações em genes relacionados à sensibilidade à dor, resposta inflamatória e função muscular podem tornar algumas pessoas mais suscetíveis à DTM
Esses fatores podem predispor uma pessoa à DTM, iniciar o problema ou fazer com que os sintomas durem mais tempo. Por isso, o tratamento deve ser personalizado, considerando todas as possíveis causas para que o paciente possa realmente voltar a viver sem dor.
O tratamento da DTM é individualizado, único como as digitais dos dedos! Cada tipo de DTM tem suas particularidades e precisa ser avaliado com cuidado para que a abordagem seja realmente eficaz para cada paciente.
A dor é uma experiência individual, e por isso o tratamento deve ser planejado especialmente para você.
Muitas vezes, pacientes com DTM dolorosa buscam soluções rápidas ou até mesmo um “guru” que prometa um milagre. Mas o primeiro passo fundamental no tratamento é EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÃO!
Esse passo é essencial porque o paciente precisa:
- Entender o que ele tem;
- Saber o que contribui para o surgimento e manutenção da dor;
- Aderir ao tratamento;
- Mudar hábitos;
- Praticar o autocuidado;
- Compreender que a melhora sempre acontece;
- Entender o seu papel no tratamento.
Para tratar a DTM de forma eficaz, é necessário um plano completo, adequado e direcionado para os gatilhos da sua dor. O que funciona para outra pessoa pode não ser o ideal para você, mesmo que o diagnóstico seja o mesmo.
Por isso, não se surpreenda se, durante a consulta, eu perguntar sobre seu sono, alimentação, prática de exercícios físicos, aspectos emocionais, vida social e hábitos diários. Tudo isso influencia no seu quadro e faz parte do caminho para você voltar a viver sem dor!
As terapias para a DTM são diversas, e o primeiro passo fundamental é identificar qual o tipo de DTM que o paciente apresenta. Cada caso exige uma abordagem específica para que o tratamento seja eficaz.
Além disso, o paciente precisa participar ativamente do seu tratamento. O sucesso da terapia não depende apenas dos recursos utilizados, mas também do seu comprometimento com as orientações recebidas. Mudar hábitos, seguir as recomendações e praticar o autocuidado são atitudes fundamentais para alcançar bons resultados e voltar a viver sem dor.
Entre as principais abordagens terapêuticas para a DTM, estão:
- Orientações e educação sobre a condição;
- Terapia cognitivo-comportamental;
- Exercícios mandibulares;
- Higiene do sono;
- Dispositivos interoclusais (como placas estabilizadoras);
- Uso de medicamentos, quando necessário;
- Compressas quentes ou frias;
- Laserterapia;
- Eletroterapia;
- Infiltrações em ATM;
- Agulhamento seco ou infiltrações em músculos.
Devido ao caráter multifatorial da DTM, pode ser necessário o encaminhamento do paciente para outros profissionais de saúde, como neurologista, reumatologista, psiquiatra, psicólogo, otorrinolaringologista, entre outros. Isso garante que todas as possíveis causas da dor e da disfunção sejam avaliadas e tratadas de forma integrada.
Cada paciente tem necessidades específicas, e a escolha do tratamento adequado deve ser feita de forma individualizada, considerando os fatores que contribuem para a dor e o impacto na qualidade de vida. Com um acompanhamento adequado e uma abordagem multidisciplinar, é possível alcançar resultados positivos e voltar a viver sem dor!